segunda-feira, 5 de julho de 2010

• Capitulo 7


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Ainda no caminho de volta fiquei pensando em tudo que acabara de acontecer, era tudo muito perfeito pra ser real. Eu ainda podia sentir o gosto do beijo em minha boca, ainda podia sentir os carinhos de Edgar e ouvir suas palavras. Aquele beijo fez com que eu me sentisse mais culpada em deixá-lo. “A vida é tão injusta...” eu não tirava essas palavras da minha cabeça. Edgar fez com que aquele momento se tornasse inesquecível. Talvez eu nunca me perdoe por tudo que acabou de acontecer. Eu o amo, e a partir de agora terei que conviver com a dor de não estar por perto. Talvez tudo tenha sido um erro. Por que ele tinha que falar comigo uma semana antes de partir? Por que? Seria bem mais fácil eu nunca nem sequer ter falado com ele. Talvez o destino quisesse que fosse assim... mas por que? Não consigo enxergar nenhuma explicação plausível. Agora só quero descobrir o que vem pela frente. Será que a minha vida em Riverside vai ser melhor? Eu duvido. As pessoas que amo estão aqui, não lá. Tem coisa pior que isso?

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Chegando em casa vi minha mãe no quintal de longe. Já me preparei pra bronca.
_Sophia onde é que você estava??!!
_Fui me despedir mãe. Eu tinha que ver a Alice e o Edgar pela ultima vez.
_Tah Sophia. Mas devia ter avisado!
_Me desculpa! ‘’/
Acho que minha mãe não falou mais nada porque ela viu como eu estava: arrasada! Nunca tive um momento tão triste como esse na minha vida. O meu avô morreu, eu vou ficar distante da Alice e principalmente do Edgar. Só quero que toda essa dor passe, só quero chegar em Riverside e tentar descobrir coisas novas e formas de fazer a dor passar.

Passei a viagem inteira com meu ipod no ultimo volume, tentando na musica encontrar algum refúgio e me segurando para as lágrimas não caírem mais. Eu olhava pela janela e não reconhecia nada, tudo pra mim não passavam de borrões... borrões que não sei quando poderia ver de novo. Me culpei o caminho todo, me perguntei o porquê de tudo isso...não cheguei à nenhuma resposta concreta. Eu não tinha mais o que pensar, o que esperar. Tudo era estranho, eu deveria me acostumar e mudar, ser uma nova Sophia. Não iria abandonar Alice e Edgar, pelo contrário, a minha vontade de tê-los por perto, mesmo não sendo fisicamente, ainda é imensa. Fiquei bolando planos pra quando chegasse à nova casa: Vou chegar e ....
Adormeci.

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_ Chegaaaamos! – Disse Lucy num tom tão animado que de longe podia ver seu imenso sorriso,
_ Não sei porque tanta alegria mãe u.u
_Uma nova vida minha filha, um recomeço!
_E quem disse que eu queria recomeçar?
Assim como podiam perceber a alegria da minha mãe ao ver a minha casa nova –  que é bem menor que a minha antiga – podiam perceber à quilômetros de distancia o quanto eu não me sentia bem com nada. Saí do carro, subi pra onde seria meu quarto. Minha mãe fez com que ele fosse tão lindo, do jeito que eu sonhei, acho que na esperança de me fazer sentir melhor. Mas foi em vão, nem reparei nas paredes roxas e nas cortinas brancas com borboletas. Apenas deitei na minha cama. “Já odeio esse lugar.” 

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